quinta-feira, 15 de agosto de 2013

guerra de canudos

História da Guerra de Canudos A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente a população mais carente. Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito civil. Esta durou por quase um ano, até 05 de outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego. O beato Conselheiro, homem que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos. Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam. Com o passar do tempo, as idéias iniciais difundiram-se de tal forma que jagunços passaram a utilizar-se das mesmas para justificar seus roubos e suas atitudes que em nada condiziam com nenhum tipo de ensinamento religioso; este fato tirou por completo a tranqüilidade na qual os sertanejos daquela região estavam acostumados a viver. Devido a enorme proporção que este movimento adquiriu, o governo da Bahia não conseguiu por si só segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado, por esta razão, pediu a interferência da República. Esta, por sua vez, também encontrou muitas dificuldades para conter os fanáticos. Somente no quarto combate, onde as forças da República já estavam mais bem equipadas e organizadas, os incansáveis guerreiros foram vencidos pelo cerco que os impediam de sair do local no qual se encontravam para buscar qualquer tipo de alimento e muitos morreram de fome. O massacre foi tamanho que não escaparam idosos, mulheres e crianças. Pode-se dizer que este acontecimento histórico representou a luta pela libertação dos pobres que viviam na zona rural, e, também, que a resistência mostrada durante todas as batalhas ressaltou o potencial do sertanejo na luta por seus ideais. Euclides da Cunha, em seu livro Os Sertões, eternizou este movimento que evidenciou a importância da luta social na história de nosso país. Conclusão : Esta revolta, ocorrida nos primeiros tempos da República, mostra o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores condições de vida ( mais empregos, justiça social, liberdade, educação etc), foram tratadas como "casos de polícia" pelo governo republicano. A violência oficial foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida. por thiago almeida

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

"Vidas Secas" - Resumo obra de Graciliano Ramos

"Vidas Secas", romance publicado em 1938, retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. A obra pertence à segunda fase modernista, conhecida como regionalista, e é qualificada como uma das mais bem-sucedidas criações da época.

O estilo seco de Graciliano Ramos, que se expressa principalmente por meio do uso econômico dos adjetivos, parece transmitir a aridez do ambiente e seus efeitos sobre as pessoas que ali estão.

- Leia a análise de Vidas Secas

Resumo
O livro possui 13 capítulos que, por não terem uma linearidade temporal, podem ser lidos em qualquer ordem. Porém, o primeiro, "Mudança", e o último, "Fuga", devem ser lidos nessa sequência, pois apresentam uma ligação que fecha um ciclo. "Mudança" narra as agruras da família sertaneja na caminhada impiedosa pela aridez da caatinga, enquanto que em "Fuga" os retirantes partem da fazenda para uma nova busca por condições mais favoráveis de vida. Assim, pode-se dizer que a miséria em que as personagens vivem em Vidas Secas representa um ciclo. Quando menos se espera, a situação se agrada e a família é obrigada a se mudar novamente.

Fabiano é um homem rude, típico vaqueiro do sertão nordestino. Sem ter frequentado a escola, não é um homem com o dom das palavras, e chega a ver a si próprio como um animal às vezes. Empregado em uma fazenda, pensa na brutalidade com que seu patrão o trata. Fabiano admira o dom que algumas pessoas possuem com a palavra, mas assim como as palavras e as ideias o seduziam, também cansavam-no.

Sem conseguir se comunicar direito com as pessoas, entra em apuros em um bar com um soldado, que o desafiaram para um jogo de apostas. Irritado por perder o jogo, o soldado provoca Fabiano o insultando de todas as formas. O pobre vaqueiro aguenta tudo calado, pois não conseguia se defender. Até que por fim acaba insultando a mãe do soldado e indo preso. Na cadeia pensa na família, em como acabou naquela situação e acaba perdendo a cabeça, gritando com todos e pensando na família como um peso a carregar.

Sinha Vitória é a esposa de Fabiano. Mulher cheia de fé e muito trabalhadora. Além de cuidar dos filhos e da casa, ajudava o marido em seu trabalho também. Esperta, sabia fazer contas e sempre avisava ao marido sobre os trapaceiros que tentavam tirar vantagem da falta de conhecimento de Fabiano. Sonhava com um futuro melhor para seus filhos e não se conformava com a miséria em que viviam. Seu sonho era ter uma cama de fita de couro para dormir.

Nesse cenário de miséria e sem se darem muita conta do que acontecia a seu redor, viviam os dois meninos. O mais novo via na figura do pai um exemplo. Já o mais velho queria aprender sobre as palavras. Um dia ouviu a palavra "inferno" de alguém e ficou intrigado com seu significado. Perguntou a Sinhá Vitória o que significava, mas recebeu uma resposta vaga. Vai então perguntar a Fabiano, mas esse o ignora. Volta a questionar sua mãe, mas ela fica brava com a insistência e lhe dá um cascudo. Sem ter ninguém que o entenda e sacie sua dúvida, só consegue buscar consolo na cadela Baleia.

Um dia a chuva chega (o "inverno") e ficam todos em casa ouvindo as histórias de Fabiano. Histórias essas que ele nunca tinha vivido, feitos que ele nunca havia realizado. Em meio a suas histórias inventadas, Fabiano pensava se as coisas iriam melhorar dali então. Para o filho mais novo, as sombras projetadas pela fogueira no escuro deixava o pai com um ar grotesco. Já o mais velho ouvia as histórias de Fabiano com muita desconfiança.

O Natal chegou e a família inteira foi à festa da cidade. Fabiano ficou embriagado e se sentia muito valente, só pensando em se vingar do soldado que lhe colocou atrás das grades. Uma hora, cansado de seu próprio teatro, faz de suas roupas um travesseiro e dorme no chão. Sinha Vitória estava cansada de cuidar do marido embriagado e ter que olhar as crianças também. Em um dado momento, ela toma coragem para fazer o que mais estava com vontade: encontra um cantinho e se abaixa para urinar. Satisfeita, acende uma piteira de barro e fica a sonhar com a cama de fitas de couro e um futuro melhor.

No que talvez seja o momento mais famoso do livro, Fabiano vê o estado em que se encontrava Baleia, com pelos caídos e feridas na boca, e achou que ela pudesse estar doente. O vaqueiro resolve, então, sacrificar a cadela. Sinhá Vitória recolhe os filhos, que protestavam contra o sacrifício do pobre animal, mas não havia outra escolha. O primeiro tiro acerta o traseiro de Baleia e a deixa com as patas inutilizadas. A cadela sentia o fim próximo e chega a querer morder Fabiano. Apesar da raiva que sentia de Fabiano, o via como um companheiro de muito tempo. Em meio ao nevoeiro e da visão de uma espécie de paraíso dos cachorros, onde ela poderia caçar preás à vontade, Baleia morre sentindo dor e arrepios.

E assim a vida vai passando para essa família sofredora do sertão nordestino. Até que um dia, com o céu extremamente azul e nenhuma nuvem à vista, vendo os animais em estado de miséria, Fabiano decide que a hora de partir novamente havia chegado. Partiram de madrugada largando tudo como haviam encontrado. A cadela Baleia era uma imagem constante nos pensamentos confusos de Fabiano. Sinhá Vitória tentava puxar conversa com o marido durante a caminhada e os dois seguiam fazendo planos para o futuro e pensando se existiria um destino melhor para seus filhos.

Lista de Personagens

Baleia: cadela que é tratada como membro da família. Pensa, sonha e age como se fosse gente.
Sinhá Vitória: mulher de Fabiano. Mãe de 2 filhos, é batalhadora e inconformada com a miséria em que vivem. É esperta e sabe fazer conta, sempre prevenindo o marido sobre trapaceiros.
Fabiano: vaqueiro rude e sem instrução, não tem a capacidade de se comunicar bem e lamenta viver como um bicho, sem ter frequentado a escola. Ora reconhece-se como um homem e sente orgulho de viver perante às adversidades do nordeste, ora se reconhece como um animal. Sempre a procura de emprego, bebe muito e perde dinheiro no jogo.
Filhos: o mais novo admira a figura do pai vaqueiro, integrado à terra em que vivem. Já o mais velho não tem interesse nessa vida sofrida do sertão e quer descobrir o sentido das palavras, recorrendo mais à mãe.
Patrão: fazendeiro desonesto que explorava seus empregados, contrata Fabiano para trabalhar.

Sobre Graciliano Ramos

Graciliano Ramos de Oliveira nasceu em Quebrangulo, Alagoas, em 27 de outubro de 1892. Terminando o segundo-grau em Maceió, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como jornalista durante alguns anos. Em 1915 volta para o Alagoas e casa-se com Maria Augusta de Barros, que falece em 1920 e o deixa com quatro filhos.

Trabalhando como prefeito de uma pequena cidade interiorana, foi convencido por Augusto Schmidt a publicar seu primeiro livro, "Caetés" (1933), com o qual ganhou o prêmio Brasil de Literatura. Entre 1930 e 1936 morou em Maceió e seguiu publicando diversos livros enquanto trabalhava como editor, professor e diretor da Instrução Pública do Estado. Foi preso político do governo Getúlio Vagas enquanto se preparava para lançar "Angústia", que conseguiu publicar com a ajuda de seu amigo José Lins do Rego em 1936. Em 1945 filia-se ao Partido Comunista do Brasil e realiza durante os anos seguintes uma viagem à URSS e países europeus junto de sua segunda esposa, o que lhe rende seu livro "Viagem" (1954).

Artista do segundo movimento modernista, Graciliano Ramos denunciou fortemente as mazelas do povo brasileiro, principalmente a situação de miséria do sertão nordestino. Adoece gravemente em 1952 e vem a falecer de câncer do pulmão em 20 de março de 1953 aos 60 anos.

Suas principais obras são: "Caetés" (1933), "São Bernardo" (1934), "Angústia" (1936), "Vidas Secas" (1938), "Infância" (1945), "Insônia" (1947), "Memórias do Cárcere" (1953) e "Viagem" (1954).


por: Thiago almeida

fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/vidas-secas-resumo-obra-graciliano-ramos-702011.shtml

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Quem foi Graciliano Ramos?

Graciliano Ramos de Oliveira  é considerado um dos maiores escritores brasileiros do século XX e proeminente representante do Romance de 30.

Primogênito de dezesseis filhos do casal Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ramos, viveu os primeiros anos em diversas cidades do Nordeste brasileiro. Terminando o segundo grau em Maceió, seguiu para o Rio de Janeiro, onde passou um tempo trabalhando como jornalista. Volta para o Nordeste em setembro de 1915, fixando-se junto ao pai, que era comerciante em Palmeira dos Índios, Alagoas. Neste mesmo ano casa-se com Maria Augusta de Barros.

Elegeu-se prefeito de Palmeira dos Índios em 1927, tomando posse no ano seguinte. Manteria-se no cargo por dois anos, renunciando a 10 de abril de 1930. Segundo uma de suas auto-descrições, "(...) Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas." Os relatórios da prefeitura que escreveu nesse período chamaram a atenção de Augusto Schmidt, editor carioca que o animou a publicar Caetés (1933).

Entre 1930 e 1936 viveu em Maceió, trabalhando como diretor da Imprensa Oficial e diretor da Instrução Pública do estado. Em 1934 havia publicado São Bernardo, e quando se preparava para publicar o próximo livro, foi preso em decorrência do pânico insuflado por Getúlio Vargas após o Levante comunista de 1935. Com ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego, consegue publicar Angústia (1936), talvez sua melhor obra.

É libertado em janeiro de 1937. As experiências da cadeia, entretanto, ficariam gravadas em uma obra publicada postumamente, Memórias do Cárcere (1953), relato franco dos desmandos e incoerências da ditadura a que estava submetido o Brasil.

Em 1938 publicou Vidas Secas. Em seguida estabeleceu-se no Rio de Janeiro, como inspetor federal de ensino. Em 1945 ingressou no Partido Comunista do Brasil (PCB), de orientação soviética e sob o comando de Luís Carlos Prestes; nos anos seguintes, realizaria algumas viagens a paises europeus, retratadas no livro Viagem (1954). Ainda em 1945, publicou Infância, relato autobiográfico.

Adoeceu gravemente em 1952. No começo de 1953 foi internado, mas acabaria falecendo em 20 de março de 1953, aos 60 anos, vítima de câncer do pulmão.

O estilo formal de escrita e a caracterização do eu em constante conflito (até mesmo violento) com o mundo, a opressão e a dor seriam marcas de sua literatura.

Entre suas principais obras, citam-se:

* Caetés (1933)
* São Bernardo (1934)
* Angústia (1936)
* Vidas Secas (1938)
* A Terra dos Meninos Pelados (1939)
* Brandão Entre o Mar e o Amor (1942)
* Histórias de Alexandre (1944)
* Infância (1945)
* Histórias Incompletas (1946)
* Insônia (1947)
* Memórias do Cárcere, póstuma (1953)
* Viagem, póstuma (1954)
* Linhas Tortas, póstuma (1962)
* Viventes das Alagoas, póstuma (1962)
* Alexandre e outros Heróis, póstuma (1962)
* Cartas, póstuma (1980)
* O Estribo de Prata, póstuma (1984)
* Cartas a Heloísa, póstuma (1992)
Aluno: Samuel Santos 8v1

Vidas Secas, de Graciliano Ramos, mostra como é dura a vida na seca

"Vidas Secas", de Graciliano Ramos, conta a história de Fabiano e de sua família de retirantes. O homem é acompanhado por sua mulher, Sinhá Vitória, pelos filhos não nomeados, chamados apenas de menino mais velho e menino mais novo, pela cachorra (esta sim, batizada ironicamente de Baleia, ou seja aquela que anda livremente pelo mar) e pelo papagaio.

O nordestino que vive na seca é retratado com sua fome e a necessidade de migrar pelo sertão. As personagens pouco se comunicam e, por incrível que pareça, a cachorra Baleia aparece mais humanizada que os próprios homens.

Aluno: samuel santos 8v1 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

canudos



GUERRA DE CANUDOS
1896---1897
Quer de tiro ou facão, como vai querer passar.
Se quer um tiro é então, de facão que vai levar.
No suplício verdadeiro, e no momento da paixão.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

Mataram a dignidade, foi o mesmo que crucificar
Ficou uma imensa saudade, e o sonho para sonhar
No sofrer mais derradeiro, destruíram a comunhão.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

A situação de pobreza, dum Nordeste sem alento.
Politicagem e muita vileza, fome e Poder violento.
O interesse sendo primeiro, abandono e exploração.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

Conforme o Humanismo, é a visão da sociedade.
Um diz foi fanatismo, e outro diz foi desigualdade.
Ali não tinha o forasteiro, e cada um era um irmão.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

Canudos era organizada, pra todos o abastecimento
Não tinha gente abandonada, todo tinham o sustento
Era um viver companheiro, sem luxo ou ostentação.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

Homem simples e preparado, que sabia falar e agir.
Querido e muito respeitado, podia o sonho construir.
Todo mundo companheiro, e sem haver exploração.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

Fez um trabalho maravilhoso, Canudos uma beleza.
Sem o dominador odioso, povo de moral e nobreza.
Sem ter nenhum aperreio, sem carência ou exclusão.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

Eram os pobres libertados, bem ali na zona rural.
Todos Sertanejos irmanados, por esse forte ideal
Sem fome e seu desespero, pra todos havia o pão.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

Ao invés de ser explorado, em Canudos partilhar.
Era bem mais sossegado, ninguém fazia humilhar.
Era ser igual por inteiro, e sem nenhuma opressão.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

O Lucro fácil sumia, não tinham a quem explorar
Achavam aquilo rebeldia, que tinham de eliminar
Não gosto do Fazendeiro, nem do Coronel mandão.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

E começa toda inverdade, em tanta mentira a falar.
Artimanha e falsidade, coisas estranhas e o enganar.
Vão criar um vespeiro, e culpam aquele povo irmão.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

O Estado faz o seu intervir, e Canudos se agiganta.
Corrompido não pode reagir, mais o povo se encanta.
Pedem ao Rio de Janeiro, vir vencer a demonização.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

Cada tropa mobilizada, gente ia Canudos defender.
E a população revoltada, fazia ao Governo ofender.
Um Governo desordeiro, o assassino da população.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

Os presos foram degolados, e Euclides denunciou.
Pelo exército autorizados, a toda a nação manchou.
Matadores e coveiros, representando o Brasil Nação.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

Ficou tristeza e experiência, o povo tem capacidade.
Tem sentimento e decência, tem amor e dignidade.
É da Paz e Bom Guerreiro, humilde de imensidão.
Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

Azuir Filho e Turmas: Do Social da Unicamp e, de Amigos, de: Rocha Miranda, Rio, RJ e, de Mosqueiro, Belém, PA.


Poesia de Homenagem a Canudos e ao Mestre Conselheiro, que construiu uma Utopia de Felicidade. Todo mundo trabalhava e desfrutava de tudo que havia, e se chagava alguém de fora, pois Canudos sempre crescia, tinham reservas para abastecer esses novos que logo incorporavam ao trabalho e mais crescia a produção, ninguém era rico nem pobre, não havia fome ou abandono, todo mundo curtia a sua vida simples na Paz de Deus.
Todo que ficava sabendo, preferia a vida simples e Gloriosa de Canudos do que passar dificuldades e ser explorado. Um sucesso Organizacional de Conselheiro que fora Professor. Canudos só fazia Crescer. Os Coronéis e Fazendeiros ricos vão perdendo pouco a pouco seus empregados e lhe aumenta o ódio por Canudos que tem de ser destruída, senão vai arrasar a Bahia e a República do Brasil.
A Mídia da época diz que são Comunistas, são Sebastianistas e Monarquistas e tem de ser destruídos. Vem as Expedições Militares Canudos resiste e é vencido na 4ª, com canhões e metralhadoras, e 3 Generais. Fazem 400 presos de guerra e milhares foram degolados a mando do Ministro da Guerra.
Uma monstruosidade. Canudos e Conselheiro, chances do povo no sertão.

WILIAM SANTANA 8° V1

PROF (ANDRÉIA ROCHA)

vidas secas de Graciliano Ramos


"Vidas Secas", romance publicado em 1938, retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. A obra pertence à segunda fase modernista, conhecida como regionalista, e é qualificada como uma das mais bem-sucedidas criações da época.

O estilo seco de Graciliano Ramos, que se expressa principalmente por meio do uso econômico dos adjetivos, parece transmitir a aridez do ambiente e seus efeitos sobre as pessoas que ali estão.

- Leia a análise de Vidas Secas

Resumo
O livro possui 13 capítulos que, por não terem uma linearidade temporal, podem ser lidos em qualquer ordem. Porém, o primeiro, "Mudança", e o último, "Fuga", devem ser lidos nessa sequência, pois apresentam uma ligação que fecha um ciclo. "Mudança" narra as agruras da família sertaneja nacaminhada impiedosa pela aridez da caatinga, enquanto que em "Fuga" os retirantes partem da fazenda para uma nova busca por condições mais favoráveis de vida. Assim, pode-se dizer que a miséria em que as personagens vivem em Vidas Secas representa um ciclo. Quando menos se espera, a situação se agrada e a família é obrigada a se mudar novamente.

Fabiano é um homem rude, típico vaqueiro do sertão nordestino. Sem ter frequentado a escola, não é um homem com o dom das palavras, e chega a ver a si próprio como um animal às vezes. Empregado em uma fazenda, pensa na brutalidade com que seu patrão o trata. Fabiano admira o dom que algumas pessoas possuem com a palavra, mas assim como as palavras e as ideias o seduziam, também cansavam-no.

Sem conseguir se comunicar direito com as pessoas, entra em apuros em um bar com um soldado, que o desafiaram para um jogo de apostas. Irritado por perder o jogo, o soldado provoca Fabiano o insultando de todas as formas. O pobre vaqueiro aguenta tudo calado, pois não conseguia se defender. Até que por fim acaba insultando a mãe do soldado e indo preso. Na cadeia pensa na família, em como acabou naquela situação e acaba perdendo a cabeça, gritando com todos e pensando na família como um peso a carregar.

Sinha Vitória é a esposa de Fabiano. Mulher cheia de fé e muito trabalhadora. Além de cuidar dos filhos e da casa, ajudava o marido em seu trabalho também. Esperta, sabia fazer contas e sempre avisava ao marido sobre os trapaceiros que tentavam tirar vantagem da falta de conhecimento de Fabiano. Sonhava com um futuro melhor para seus filhos e não se conformava com a miséria em que viviam. Seu sonho era ter uma cama de fita de couro para dormir.

Nesse cenário de miséria e sem se darem muita conta do que acontecia a seu redor, viviam os dois meninos. O mais novo via na figura do pai um exemplo. Já o mais velho queria aprender sobre as palavras. Um dia ouviu a palavra "inferno" de alguém e ficou intrigado com seu significado. Perguntou a Sinhá Vitória o que significava, mas recebeu uma resposta vaga. Vai então perguntar a Fabiano, mas esse o ignora. Volta a questionar sua mãe, mas ela fica brava com a insistência e lhe dá um cascudo. Sem ter ninguém que o entenda e sacie sua dúvida, só consegue buscar consolo na cadela Baleia.

Um dia a chuva chega (o "inverno") e ficam todos em casa ouvindo as histórias de Fabiano. Histórias essas que ele nunca tinha vivido, feitos que ele nunca havia realizado. Em meio a suas histórias inventadas, Fabiano pensava se as coisas iriam melhorar dali então. Para o filho mais novo, as sombras projetadas pela fogueira no escuro deixava o pai com um ar grotesco. Já o mais velho ouvia as histórias de Fabiano com muita desconfiança.

O Natal chegou e a família inteira foi à festa da cidade. Fabiano ficou embriagado e se sentia muito valente, só pensando em se vingar do soldado que lhe colocou atrás das grades. Uma hora, cansado de seu próprio teatro, faz de suas roupas um travesseiro e dorme no chão. Sinha Vitória estava cansada de cuidar do marido embriagado e ter que olhar as crianças também. Em um dado momento, ela toma coragem para fazer o que mais estava com vontade: encontra um cantinho e se abaixa para urinar. Satisfeita, acende uma piteira de barro e fica a sonhar com a cama de fitas de couro e um futuro melhor.

No que talvez seja o momento mais famoso do livro, Fabiano vê o estado em que se encontrava Baleia, com pelos caídos e feridas na boca, e achou que ela pudesse estar doente. O vaqueiro resolve, então, sacrificar a cadela. Sinhá Vitória recolhe os filhos, que protestavam contra o sacrifício do pobre animal, mas não havia outra escolha. O primeiro tiro acerta o traseiro de Baleia e a deixa com as patas inutilizadas. A cadela sentia o fim próximo e chega a querer morder Fabiano. Apesar da raiva que sentia de Fabiano, o via como um companheiro de muito tempo. Em meio ao nevoeiro e da visão de uma espécie de paraíso dos cachorros, onde ela poderia caçar preás à vontade, Baleia morre sentindo dor e arrepios.

E assim a vida vai passando para essa família sofredora do sertão nordestino. Até que um dia, com o céu extremamente azul e nenhuma nuvem à vista, vendo os animais em estado de miséria, Fabiano decide que a hora de partir novamente havia chegado. Partiram de madrugada largando tudo como haviam encontrado. A cadela Baleia era uma imagem constante nos pensamentos confusos de Fabiano. Sinhá Vitória tentava puxar conversa com o marido durante a caminhada e os dois seguiam fazendo planos para o futuro e pensando se existiria um destino melhor para seus filhos.

Lista de Personagens
Baleia: cadela que é tratada como membro da família. Pensa, sonha e age como se fosse gente.
Sinhá Vitória: mulher de Fabiano. Mãe de 2 filhos, é batalhadora e inconformada com a miséria em que vivem. É esperta e sabe fazer conta, sempre prevenindo o marido sobre trapaceiros.
Fabiano: vaqueiro rude e sem instrução, não tem a capacidade de se comunicar bem e lamenta viver como um bicho, sem ter frequentado a escola. Ora reconhece-se como um homem e sente orgulho de viver perante às adversidades do nordeste, ora se reconhece como um animal. Sempre a procura de emprego, bebe muito e perde dinheiro no jogo.
Filhos: o mais novo admira a figura do pai vaqueiro, integrado à terra em que vivem. Já o mais velho não tem interesse nessa vida sofrida do sertão e quer descobrir o sentido das palavras, recorrendo mais à mãe.
Patrão: fazendeiro desonesto que explorava seus empregados, contrata Fabiano para trabalhar.

Sobre Graciliano Ramos
Graciliano Ramos de Oliveira nasceu em Quebrangulo, Alagoas, em 27 de outubro de 1892. Terminando o segundo-grau em Maceió, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como jornalista durante alguns anos. Em 1915 volta para o Alagoas e casa-se com Maria Augusta de Barros, que falece em 1920 e o deixa com quatro filhos.

Trabalhando como prefeito de uma pequena cidade interiorana, foi convencido por Augusto Schmidt a publicar seu primeiro livro, "Caetés" (1933), com o qual ganhou o prêmio Brasil de Literatura. Entre 1930 e 1936 morou em Maceió e seguiu publicando diversos livros enquanto trabalhava como editor, professor e diretor da Instrução Pública do Estado. Foi preso político do governo Getúlio Vagas enquanto se preparava para lançar "Angústia", que conseguiu publicar com a ajuda de seu amigo José Lins do Rego em 1936. Em 1945 filia-se ao Partido Comunista do Brasil e realiza durante os anos seguintes uma viagem à URSS e países europeus junto de sua segunda esposa, o que lhe rende seu livro "Viagem" (1954).

Artista do segundo movimento modernista, Graciliano Ramos denunciou fortemente as mazelas do povo brasileiro, principalmente a situação de miséria do sertão nordestino. Adoece gravemente em 1952 e vem a falecer de câncer do pulmão em 20 de março de 1953 aos 60 anos.

Suas principais obras são: "Caetés" (1933), "São Bernardo" (1934), "Angústia" (1936), "Vidas Secas" (1938), "Infância" (1945), "Insônia" (1947), "Memórias do Cárcere" (1953) e "Viagem" (1954).

WILIAM SANTANA 8°V1.

PROF (ANDRÉIA ROCHA).